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Pix completa cinco anos e consolida nova era dos pagamentos no país

  Breno Esaki/Metrópoles O sistema de transferências instantâneas do Banco Central, que marca cinco anos neste domingo (16/11), tornou-se pa...

 

Breno Esaki/Metrópoles

O sistema de transferências instantâneas do Banco Central, que marca cinco anos neste domingo (16/11), tornou-se parte indispensável da rotina financeira dos brasileiros e alterou profundamente o mercado de pagamentos no país. Desde que entrou em funcionamento, em 2020, o Pix deixou de ser apenas uma alternativa digital e se transformou no principal meio de circulação de dinheiro no Brasil.

De acordo com dados da autoridade monetária, apenas nos seis primeiros meses de 2025 o volume movimentado superou R$ 15 trilhões — resultado de quase 37 bilhões de operações. Hoje, o Pix já responde por mais da metade de todas as transações realizadas nacionalmente.

O avanço também se reflete no número de usuários. Até maio deste ano, o sistema acumulava 167,5 milhões de pessoas cadastradas e mais de 20 milhões de empresas utilizadoras, o que confirma a adoção massiva da ferramenta em diferentes segmentos da economia.

Novo comportamento financeiro

O impacto do Pix não se resume à agilidade. Para o Banco Central, a ferramenta desempenhou papel decisivo na inserção digital de indivíduos e pequenos negócios, que passaram a movimentar recursos sem depender de cartões ou dinheiro físico. A possibilidade de acompanhar de perto o comportamento financeiro dos usuários também abriu espaço para que bancos oferecessem produtos personalizados, como crédito, seguros e investimentos.

“A infraestrutura do Pix ampliou a competição e criou novas oportunidades para o setor financeiro”, afirmou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Dias De Brito Gomes.

Redução de custos e desafios de segurança

O modelo instantâneo também tem sido determinante para reduzir despesas operacionais dentro do sistema bancário e acelerar a circulação de recursos na economia. O crescimento vertiginoso, no entanto, trouxe riscos já conhecidos pelos consumidores: golpes e fraudes continuam sendo ponto de atenção do Banco Central.

Entre os crimes mais comuns estão técnicas de engenharia social em que criminosos se passam por atendentes, uso de contas laranja, perfis falsos em redes sociais e esquemas de transferências durante sequestros-relâmpago. Em resposta, o BC reforçou mecanismos de segurança, especialmente para transações feitas em celulares não reconhecidos.

Outra tendência observada é a queda nos saques tradicionais. O Pix Saque, que permite retirar dinheiro em estabelecimentos comerciais, registrou crescimento superior a 36% e chegou a quase 8 milhões de operações no primeiro semestre de 2025.

Pix Automático muda rotina de pagamentos

Em expansão desde outubro, o Pix Automático é a aposta mais recente do Banco Central para facilitar o pagamento de contas recorrentes. Nessa modalidade, o usuário autoriza apenas uma vez e os débitos passam a ser efetuados automaticamente — uma alternativa que deve reduzir o uso de boletos e ampliar o acesso a serviços para milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito.

Para Gomes, a ferramenta representa mais um passo na modernização do sistema nacional. “O Pix trouxe igualdade de condições entre os participantes do mercado e elevou a eficiência do país. O Pix Automático reforça essa evolução”, declarou.

Com cinco anos completos, o Pix segue se expandindo e moldando o cenário financeiro brasileiro, consolidado como um dos mais relevantes avanços tecnológicos implementados pelo Banco Central nas últimas décadas.

Da redação Estrutural On-line

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