Karinne Viana, da Agência Saúde DF | Edição: Natália Moura Facilitadores se reúnem para trocar experiências e ampliar o acesso da populaçã...
Karinne Viana, da Agência Saúde DF | Edição: Natália Moura
Facilitadores se reúnem para trocar experiências e ampliar o acesso da população às terapias reconhecidas pelo SUS
“Vou viver bem até o último dia que me for concedido na Terra.” A frase é da dona Orlanda Maria Almeida, 69, participante do grupo de Tai Chi Chuan da Unidade Básica de Saúde (UBS) 7 de Santa Maria. Assim como ela, muitos usuários encontraram nas Práticas Integrativas em Saúde (PIS) um caminho de acolhimento e transformação.
No I Encontro de Facilitadores das PIS da Região Sul, realizado no início deste mês (3), a energia de Orlanda se misturou com a de dezenas de profissionais de saúde e pacientes que acreditam no impacto do movimento, do toque e da escuta.
“Faço acompanhamento com reumatologista e uso medicação, mas foi o Tai Chi Chuan que me fez voltar a respirar melhor, sair de casa e sentir que ainda tenho muito a viver. Essa prática me devolveu alegria e equilíbrio”, contou a aposentada.
O evento foi voltado a servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) que atuam como facilitadores das PIS nas unidades de saúde do Gama e de Santa Maria, cuja proposta é, entre outras, trocar experiências e ampliar o acesso da população às terapias reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
"Buscamos fortalecer a atuação dos facilitadores. O Centro de Referência em Práticas Integrativas da UBS 9 de Santa Maria, por exemplo, tem se destacado por oferecer atividades todos os dias, com grupos abertos e acolhedores”, reforçou a enfermeira da Gerência de Ações Programáticas (GAP) da Atenção Primária da SES-DF Daniela Carolina Costa.
Os facilitadores são profissionais de saúde que passam por capacitação para conduzir PIS e oferecer aos usuários terapias complementares ao tratamento convencional. Essas atividades podem ocorrer de forma individual ou coletiva, sempre com foco na promoção do autocuidado e do bem-estar.
Saberes que aproximam
Presente no evento, a Referência Técnica Distrital (RTD) de Ioga e Ayurveda, Marta Romão, apresentou a medicina indiana. “É uma abordagem médica com racionalidade distinta, introduzida na SES-DF em 2022. As PIS são uma tecnologia de baixo custo e alta efetividade e o nosso propósito é expandir essas práticas em toda a rede, tornando-as acessíveis a quem mais precisa”, explicou.
Somando à troca de saberes, o supervisor da UBS 7 de Santa Maria, Wendel Araújo, abordou o universo da medicina tradicional chinesa, explorando suas possibilidades e aplicações na comunidade. Para ele, a principal necessidade é criar espaços de encontro. “Muitos profissionais se sentem isolados em suas unidades, e momentos como este permitem renovar a motivação, compartilhar desafios e reafirmar o valor das práticas integrativas dentro do SUS."
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